Poluição no Tejo denúncia à Comissão Europeia?
A poluição no Tejo esteve entre os piores factos ambientais de 2015 para a Quercus. As descargas poluentes continuam e há quem tema pelo futuro do rio. A Renascença percorreu o Tejo até à fronteira com Espanha. “A água ontem estava preta. De vez em quando aparece assim, mesmo negra, negra, negra.” Júlio Letra, 75 anos, habituou-se a ver a água do Tejo com cores e cheiros pouco desejáveis, sobretudo para quem, como ele, vive da pesca da lampreia, do sável e dos outros bichos que o rio dá. À nossa frente há uma ilha de terra e ramos secos, à nossa esquerda uma pequena marina de barcos de recreio e um restaurante cujo arroz de lampreia sacia quem visita Escaroupim, aldeia avieira de Salvaterra de Magos. A povoação preserva muitas das casas de madeira feitas nos anos 1930 por pescadores da Marinha Grande que se deslocavam para o Tejo no Inverno à procura do sável. Na margem do rio, Júlio Letra e António “Simãozinho” traçam o diagnóstico: “As ETAR e as fábricas largam a poluição para o Tejo e depois aparece aqui em baixo”. Estamos a 70 quilómetros da foz do rio e a 170 de Vila Velha de Rodão, junto a Espanha, cuja zona industrial surge em quase todos os discursos como principal culpada do estado do Tejo. "É imperioso que a Celtejo e a APA adotem as ações de prevenção e as ações de reparação de danos ambientais que se justifiquem nos termos da diretiva comunitária e da lei interna de responsabilidade ambiental", defendeu Paulo Constantino, exigindo que as autoridades portuguesas "intervenham de forma eficaz e definitiva, tendo em vista a inequívoca identificação dos focos de poluição que originaram a mortandade de peixes a 02 de novembro".
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