Chega de claques ilegais nos estádios

Exmo Sr. Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Exmos. Srs. Deputados, Exmo. Sr. Ministro da Administração Interna,

O futebol português continua um barril de pólvora e confirmou-se na madrugada anterior ao Sporting-Benfica que a tragédia era só uma questão de tempo. A morte de um adepto de nacionalidade italiana, que estava no nosso país para apoiar a equipa de Alvalade, após confrontos com membros das claques benfiquistas, foi apenas a consequência de um ambiente de guerrilha permanente.

As claques são importantes para os clubes, mas têm de ser controladas pelos dirigentes e a única forma de o fazer é legalizá-las. Para que haja rostos que se possam identificar e responsabilizar. E se nas principais claques de Sporting e F. C. Porto isso acontece, ainda não se percebeu por que é que no Benfica não é assim. Até quando os No Name Boys e os Diabos Vermelhos continuarão a entrar nos estádios, a viajar por Portugal inteiro, a funcionar de forma ilegal?

Mais de 20 anos depois do very light que tirou a vida a um adepto do Sporting nas bancadas do Estádio Nacional, numa final da Taça entre os dois rivais de Lisboa, a morte voltou a bater à porta, desta vez junto ao Estádio da Luz. Pouco importa saber se quem morre é do Sporting ou do Benfica. O fundamental é criar condições para que nunca mais se repita. E os No Name Boys não podem continuar na clandestinidade.

Se o Benfica não toma a iniciativa, terá de ser o Estado a fazê-lo. O Ministério da Administração Interna e a Assembleia da República têm de atuar. Seja um dos assinantes desta petição e ajude ao alerta.

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